A notícia foi dada poucos dias após Brad Smith, presidente da Microsoft, contar no The Wall Street Journal que a empresa também havia oferecido um acordo de 10 anos do jogo para o PlayStation. Segundo o executivo, caso a aquisição fosse concluída, a Microsoft disponibilizaria cada novo lançamento de Call of Duty no console da Sony, no mesmo dia em que ele chegasse ao Xbox. Embora a detentora do PlayStation não tenha se pronunciado publicamente sobre a oferta, é sabido que uma novela entre as empresas tem se desenrolado desde janeiro, quando veio a público a notícia da compra da Activision Blizzard. Enquanto desenvolvedoras como a Nintendo e a Ubisoft não se mostraram contrárias ao negócio, a Sony expressou suas preocupações com a aquisição desde o início, se tornando uma pedra no sapato da empresa de software. “A Sony emergiu como o maior opositor [da aquisição da Activision]. Ela está tão empolgada com esse acordo quanto a Blockbuster com a ascensão da Netflix”, disparou Brad Smith em seu texto no WSJ. Segundo o empresário, o principal risco levantado pela Sony seria o de que a Microsoft deixaria de disponibilizar Call of Duty no PlayStation. O que, segundo ele, seria uma medida economicamente irracional. “Uma parte vital da receita de Call of Duty vem das vendas de jogos do PlayStation. Dada a popularidade do crossplay, isso também seria desastroso para a franquia Call of Duty e para o próprio Xbox, alienando milhões de jogadores”, explicou.

Acordos pressionam Sony e tentam convencer reguladores 

Os acordos firmados entre a Microsoft com a Nintendo e a Valve mostram que a empresa tem tentado mostrar para a indústria que não há motivo para preocupações em relação à aquisição da Activision. Se por um lado, as parcerias pressionam a Sony para concordar com a proposta – eliminando assim seu argumento de que a Microsoft exigiria uma exclusividade da franquia no mercado –, por outro tentam convencer os órgãos reguladores antitruste a aceitarem a transação. É importante lembrar que, enquanto países como o Brasil aprovaram a compra sem restrições, outros mercados se mostraram preocupados com o negócio e vêm investigando as possíveis implicações que uma movimentação como essa representaria para a indústria. Além das questões sinalizadas pela Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA), a qual a Microsoft disse serem “dúvidas despropositadas”, boatos também apontam que a FTC (Federal Trade Commission), agência antitruste dos Estados Unidos, pode contestar a transação. De acordo com a Bloomberg, representantes da Microsoft e da FTC devem se reunir nesta quarta-feira para que a empresa possa sinalizar suas intenções a respeito da compra e a agência chegar a um veredito sobre sua decisão. Com informações: The Verge, The Wall Street Journal, Variety e Bloomberg

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