Virgin Hyperloop divulga vídeo de como seria viajar a 800 km/hTecnocast 087 – Transportes do futuro

De acordo com as informações da HyperloopTT, devido à economia gerada, o operador da rota deve conseguir retorno financeiro em um tempo recorde de 14 anos. O estudo, anunciado em fevereiro, considerou um período de cinco anos para a implementação do sistema, que terá trajeto de 135 km. Atualmente, a rota feita de carro demora cerca de duas horas — a expectativa é de que esse tempo caia para 19 minutos e 45 segundos na velocidade máxima de 835 km/h. Os benefícios prometem ser enormes não somente para quem mora na região, mas também para o turismo. O custo total para a implementação somado aos custos de operação e os impostos nos próximos 30 anos é de US$ 7,71 bilhões. Entretanto, o estudo revela que o investimento pode ser compensado nos primeiros cinco anos, em maior parte pela receita proveniente de passageiros (52%). Outras fontes de receita são de empreendimentos (35%), aluguéis de lojas nas estações (2%), publicidade (2%) e transporte de carga (1%). O projeto não exige subsídios governamentais, e a empresa interessada em realizá-lo deve lucrar em 14 anos, com retorno completo. Somente no período de obras, o sistema deve proporcionar a criação de 50 mil empregos diretos no setor de construção. Além disso, são previstos 9.243 empregos diretos e indiretos e 2.077 oportunidades no setor de Energia Solar anualmente, por ao menos 30 anos. O estudo conclui que os ganhos serão 31% superiores aos custos do projeto.

Benefícios para setor imobiliário e sustentabilidade

O setor imobiliário da região também poderá obter benefícios, já que os terrenos no entorno de estações do sistema de transporte ultrarrápido devem valorizar R$ 27,4 bilhões após seis anos de funcionamento. Devido à natureza do sistema, que transporta pessoas e carga em cápsulas movimentadas em um ambiente de alta pressão, sem atrito, é esperado que cerca de 2 mil acidentes de trânsito sejam evitados em 30 anos, 67 com mortes, 1.203 com feridos e 6.551 com danos apenas materiais. Segundo a proposta da HyperloopTT, o modal teria alimentação por energia renovável — painéis fotovoltaicos seriam instalados em 80% do percurso entre Porto Alegre e a Serra Gaúcha, já considerando trechos cujos problemas técnicos e geográficos possam impedir a instalação dos equipamentos. Com potencial de produção anual de energia de 339 GWh e consumo de 73 GWh, o sistema poderia produzir quase quatro vezes mais energia, sendo autossuficiente nesse quesito. O estudo estima que aproximadamente 95 mil toneladas de CO2 deixarão de atingir a atmosfera. Além disso, de acordo com a empresa, a rota prevista reduz a necessidade de obras complexas para mitigar o impacto ambiental.

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