Quem define os nomes dos cometas? Como é feita a escolha?Este cometa fará sua aproximação máxima com o Sol em janeiro de 2023
Para chegar a essa conclusão, os astrônomos classificaram 200.000 imagens do Hubble e fizeram inúmeras medições para procurar qualquer brilho de fundo residual no céu. Isso foi possível com uma técnica capaz de remover o brilho de planetas, estrelas, galáxias e poeira. O excesso de luminosidade é tão fraco que seria equivalente ao brilho constante de 10 vagalumes espalhados por todo o céu, de acordo com a NASA. Mas essa não é a primeira vez que astrônomos encontram algo assim. Após visitar Plutão em 2015, a sonda New Horizons continuou viajando rumo ao espaço interestelar e observou o universo pelas “janelas” do Sistema Solar. Então, os cientistas notaram haver luz sobrando no espaço. Essa descoberta também foi feita com a remoção dos objetos luminosos, como estrelas, galáxias, quasares e demais fontes de todo tipo de luz. A diferença entre aquela detecção e o novo brilho fantasma encontrado pelo Hubble é a localização. No caso das imagens da New Horizons, as medições são de uma distância de 6 a 7 bilhões de km longe do Sol. Isso é muito além dos objetos do Sistema Solar; portanto, não há poeira interplanetária refletindo brilho. A luz fantasma detectada por essa sonda é de outra natureza. Já as imagens do Hubble mostram excesso de luz em uma região bem mais próxima. Para os autores do novo estudo, ela seria o reflexo da luz solar em uma camada de poeira de cometas. Se isso estiver correto, essa camada seria uma espécie de bolha que contorna todo o Sistema Solar. O astrônomo Rogier Windhorst disse que “mais de 95% dos fótons nas imagens do arquivo do Hubble vêm de distâncias inferiores a 4,8 bilhões de km afastado da Terra, mas esses fótons contêm informações importantes que podem ser extraídas graças à capacidade do Hubble de medir níveis de brilho fracos com alta precisão ao longo de suas três décadas de vida”. Dois artigos sobre a pesquisa foram publicados e estão disponíveis no The Astronomical Journal e no The Astrophysical Journal Letters. Fonte: NASA, The Astronomical Journal, The Astrophysical Journal Letters