Escassez de chips pode ser agravada por falta de vacinasDe olho em demitidos da estatal Ceitec, inglesa EnSilica abre filial no RS
Essa medição diz respeito ao intervalo de dias entre a encomenda de chips e a sua data de entrega. A Susquehanna começou a acompanhar esse setor em 2017 e, de lá para cá, nunca havia registrado um prazo tão extenso. O atual intervalo é quatro semanas mais longo que o pico registrado em 2018, o maior até então. O problema existe desde 2020. A indústria de semicondutores aumentou a produção tanto quanto possível nos últimos meses, mas esses esforços não foram suficientes: de modo geral, a demanda por chips continua muito maior do que a oferta. Em algumas categorias, como a de microcontroladores, os prazos de entrega diminuíram em pouco mais de uma semana. Mas outras tiveram aumento, como a de chips para gerenciamento de energia, que atingiu recentemente um intervalo de espera superior a 25 semanas.
Escassez é mais grave para setor automotivo
Os efeitos da escassez global de chips têm diversas consequências. Os preços de eletrônicos sobem, algumas indústrias experimentam aumentos em seus prazos de entrega e, em muitos casos, a produção é paralisada ou mantida abaixo da capacidade. Esse problema é sentido especialmente pela indústria automotiva. Sem chips, linhas de montagem de veículos em várias partes do mundo foram parcial ou totalmente interrompidas por causa da falta de componentes, especialmente chips. As montadoras calculam que o setor pode deixar de faturar mais de US$ 100 bilhões por conta do problema, que também afeta o Brasil: neste mês, a Volkswagen suspendeu a produção de fábricas em São Paulo e no Paraná devido ao desabastecimento de chips. Com informações: Bloomberg.