Qual é o mais seguro: Uber ou 99?Rio de Janeiro deixa pagar metrô, trem e barca por aproximação – então eu fui testar
Não estamos falando de um carro em si, mas de um veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL, na sigla em inglês) que está em desenvolvimento pela Eve Air Mobility, empresa de mobilidade aérea urbana criada pela Embraer em 2020 e que faz parte da EmbraerX, seu braço de inovação. Para que o projeto do veículo possa avançar, a Eve abriu um processo de obtenção de um Certificado de Tipo, documento que, basicamente, atesta a capacidade da aeronave de realizar voos condizentes com determinados parâmetros de segurança. Há Certificados de Tipo em várias categorias: normal, acrobática, transporte regional, classes especiais, entre outras. A Eve fez requisição para um certificado de categoria normal, o que significa que o seu eVTOL deverá seguir as normas do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) n°23, além de outros requisitos estabelecidos em conjunto com a Anac. Na primeira olhada, toda essa formalidade soa como uma mera burocracia. Talvez seja mesmo. Mas essas são etapas importantes para permitir que o veículo seja desenvolvido em consonância com padrões internacionais de segurança e, assim, possa voar em diversos países. É o que dá a entender Roberto Honorato, superintendente de aeronavegabilidade da Anac:
Eve já recebeu pedidos de mais de 1,7 mil táxis aéreos
Todos esses esforços também são importantes porque a Embraer tem um compromisso a respeitar, ou melhor, vários: no final de 2021, a Eve revelou já ter pedidos fechados com pelo menos 21 clientes de várias partes do mundo. O número de táxis aéreos desses contratos chega a 1.735 unidades que, juntas, devem representar uma receita de mais de US$ 5 bilhões para a Eve. A expectativa da Embraer é de que os eVTOLs da Eve comecem a ser entregues em 2026.